Gerador de UUID (Identificador Único Universal)
O que é um UUID?
UUID (Universally Unique Identifier) ou GUID (Globally Unique Identifier) é um padrão de identificação composto por 128 bits projetado para gerar identificadores com baixíssima probabilidade de colisão quando gerados corretamente.
Cada UUID é tipicamente representado como 32 caracteres hexadecimais, exibidos em cinco grupos separados por hífens, no formato 8-4-4-4-12, totalizando 36 caracteres (incluindo os hífens).
A chance de gerar dois UUIDs idênticos é tão pequena que é considerada negligenciável para a maioria das aplicações práticas - aproximadamente 1 em 2^128.
Versões de UUID
Casos de Uso para UUIDs
- Chaves primárias de banco de dados: Especialmente útil em sistemas distribuídos onde a geração centralizada de IDs seria um gargalo.
- Identificadores de sessão: Para rastrear sessões de usuários em aplicações web.
- Identificadores de transação: Em sistemas financeiros ou de processamento de transações.
- Rastreamento de entidades: Em sistemas que precisam identificar objetos de forma única sem coordenação centralizada.
- URLs curtos: Como base para gerar URLs encurtados ou tokens temporários.
Dica: Para sistemas que precisam de IDs ordenados cronologicamente, considere UUIDs versão 1 ou 6, ou use técnicas como ULID (Universally Unique Lexicographically Sortable Identifier).
Perguntas Frequentes
A escolha da versão de UUID depende do seu caso de uso específico:
- UUID v4 (aleatório): Melhor opção para a maioria dos casos. Simples, sem problemas de privacidade e extremamente improvável de colidir. Use quando precisar de identificadores únicos para qualquer propósito geral.
- UUID v1 (baseado em tempo): Útil quando você precisa de IDs ordenáveis cronologicamente ou quer garantir a unicidade tanto no tempo quanto no espaço. No entanto, expõe o endereço MAC, o que pode ser uma preocupação de privacidade.
- UUID v5 (namespace + nome com SHA-1): Ideal quando você precisa gerar sempre o mesmo UUID para o mesmo objeto/recurso, independentemente de quando ou onde é gerado. Útil para identificar recursos de forma determinística.
Para a maioria das aplicações modernas, a versão 4 (aleatória) é a recomendada por sua simplicidade, ausência de problemas de privacidade e distribuição uniforme.
Sim, UUIDs são geralmente seguros para uso em URLs e APIs por vários motivos:
- Imprevisibilidade: UUIDs v4 aleatórios são praticamente impossíveis de adivinhar, oferecendo uma camada de segurança contra tentativas de enumeração.
- Sem informações sensíveis: Ao contrário de IDs sequenciais, UUIDs não revelam o tamanho da sua base de dados ou padrões de uso.
- Compatibilidade: UUIDs são seguros para uso em URLs pois contêm apenas caracteres hexadecimais e hífens.
No entanto, existem algumas considerações:
- UUIDs são longos (36 caracteres com hífens), o que pode ser ineficiente para alguns casos de uso.
- UUID v1 pode revelar informações de hardware (MAC address) e timestamp, o que pode ser uma preocupação de privacidade.
- Para recursos realmente sensíveis, você pode querer implementar uma camada adicional de autorização, independentemente do tipo de identificador usado.
Para APIs RESTful e URLs públicas, UUIDs v4 são geralmente uma escolha excelente por seu equilíbrio entre segurança e praticidade.
UUID (Universally Unique Identifier) e GUID (Globally Unique Identifier) são essencialmente a mesma coisa com nomes diferentes:
- UUID é o termo padrão definido pela RFC 4122 e usado na maioria das plataformas e linguagens de programação.
- GUID é o termo utilizado principalmente pela Microsoft e em tecnologias relacionadas, como .NET, COM e SQL Server.
Tecnicamente, ambos se referem ao mesmo conceito: um identificador de 128 bits projetado para ter baixíssima probabilidade de colisão. A estrutura, formato e algoritmos são idênticos.
Algumas diferenças sutis na implementação podem existir:
- Em alguns contextos Microsoft, GUIDs podem ser armazenados com os bytes em uma ordem ligeiramente diferente (ordem little-endian vs big-endian).
- Certas APIs específicas da Microsoft podem ter comportamentos ou formatos de exibição particulares para GUIDs.
Na prática, você pode usar os termos de forma intercambiável, e sistemas que utilizam UUIDs e GUIDs conseguem interoperar sem problemas na maioria dos casos.
Apesar de suas vantagens, UUIDs têm algumas desvantagens a considerar:
-
Tamanho:
Com 128 bits (16 bytes) ou 36 caracteres em formato de texto, UUIDs são significativamente maiores que inteiros sequenciais, resultando em:
- Maior consumo de espaço em banco de dados
- Índices maiores e potencialmente mais lentos
- Maior volume de dados transferidos pela rede
-
Não são sequenciais:
UUIDs aleatórios (v4) não mantêm ordem, o que pode:
- Causar fragmentação em bancos de dados quando usados como chaves primárias
- Tornar os índices menos eficientes em alguns sistemas de banco de dados
- Dificultar a depuração e análise visual por humanos
- Ausência de significado: Ao contrário de IDs sequenciais, UUIDs não indicam a ordem de criação ou quantidade de registros, dificultando algumas análises.
- Complexidade adicional: Implementar, manipular e validar UUIDs requer mais código que simples incrementos numéricos.
Para mitigar algumas dessas desvantagens, considere:
- Usar UUIDs v1 ou v7 (ordenáveis por tempo) quando a sequencialidade é importante
- Armazenar UUIDs em formato binário em vez de texto quando possível
- Para interfaces com usuário, considerar IDs mais curtos ou "slugs" amigáveis
A probabilidade de uma colisão de UUID é extraordinariamente baixa, graças à sua estrutura de 128 bits, oferecendo 2^128 (aproximadamente 3,4 × 10^38) possibilidades únicas.
Para contextualizar esta probabilidade com UUIDs v4 (aleatórios):
- Problema do aniversário: Você precisaria gerar cerca de 2,71 quintilhões de UUIDs para ter 50% de chance de uma colisão.
- Em escala: Se gerasse 1 bilhão de UUIDs por segundo, levaria mais de 85 anos para atingir uma probabilidade de colisão de apenas 1 em 1 bilhão.
- Comparação cósmica: Há mais UUIDs possíveis que estrelas estimadas no universo observável.
No entanto, esta baixa probabilidade assume:
- Implementações corretas do algoritmo de geração
- Fonte de aleatoriedade adequada para UUIDs v4
- Informações corretas de hardware/tempo para UUIDs v1
Na prática, para praticamente qualquer aplicação do mundo real, a probabilidade de colisão é tão baixa que pode ser considerada impossível quando implementada corretamente. Por isso UUIDs são amplamente utilizados em sistemas distribuídos onde não há coordenação central para geração de IDs.